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Missão One-Post para Azix Kijoena de Vrakorj - Novas Fronteiras

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Mensagem por Alexandrina Victoria Seg Fev 23, 2015 9:39 pm

Missão One-Post para Azix Kijoena

Nesta missão você será um Mercante que está a serviço do Império de Vrakorj.
Como você está aqui para abrir novos acordos comerciais, lembre-se de usar sempre uma linguagem bem formal e limpa, tanto por causa da sua meta quanto por conta da época em que se passa o fórum (gírias são altamente imperdoáveis, por exemplo), e você sabe a linguagem que o povo de Vulcano usa. Apesar de ter boa fala e a idade avançada, você é pouco conhecido na cidade. Tome cuidado pois as pessoas podem suspeitar de você. Não extrapole, siga a personagem dada ao momento, suas ações, sua escrita, a sua fidelidade e coerência para com a personagem proposta pesarão na avaliação.

Detalhes da personagem:
Alexandrina Victoria
Alexandrina Victoria

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Mensagem por Azix Kijoena Sáb Fev 28, 2015 4:32 pm


Novas Fronteiras
Wolfs of Vrakorj


Uma batida na porta me acordou de uma boa soneca durante a tarde. Estranhei o horário e pensei que fosse um dos fazendeiros da vizinhança. Assim que abri a porta, o rapaz que estava do lado de fora me saudou e eu arregalei os olhos. Ainda estava com as calças de linho marrom e a camisa branca, trajes não muito adequados para aquele visitante.

— Boa tarde, meu caro senhor — o homem vestia roupas azuis e douradas, o uniforme dos mensageiros do castelo de Vrakarian. — O Imperador Azix informa que o senho foi escalado para uma viagem até a cidade-estado de Vulcano, para estabelecer acordos comerciais.

— Acordos, sim? — o rapaz confirmou com sua cabeça, de onde uma vasta cabeleira lisa e comprida terminava lustroso em seus ombros. — Muito bem, quando posso partir?

— Agora mesmo, meu senhor — me apoiei na porta na tentativa de não cair para trás. — Um navio o aguarda no porto da cidade. É o Halixer. Tenha um bom dia.

Atender ao pedido do grande Azix. Esse era meu dever. O jovem imperador tinha um gosto por conquista e aventuras que muitas vezes me surpreendia, mas os mais novos sempre são assim. Assim que o mensageiro do castelo terminou de dar seu recado e saiu galopando para as montanhas, o céu parecia mais escuro e as nuvens estavam mais densas.

Fui até meu quarto e arrumei uma bolsa com uma boa quantidade de mantimentos para a viagem, algumas roupas e um ramo de trigo, para dar sorte. Vesti um conjunto bem elegante: Calças e camisa verdes com detalhes dourados, sapatos pretos com fivelas lustrosas e o emblema de um lobo, o símbolo do Império de Vrakorj. Arrumei meus cabelos lisos atrás da cabeça, deixando alguns fios soltos na testa e aparei um pouco minha barba, para ficar perfeita e limpa.

Saí de minha casa de madeira e pedras com a bolsa de couro e coloquei o ramo de trigo atrás da orelha esquerda. Para chegar até o porto, um dos fazendeiros se ofereceu para me transportar em sua carroca puxada por bons cavalos. A viagem foi curta, mas o simples fato de observar a transformação da paisagem campestre e dourada em algo verde e baixo era incrível. A carroça parou e me despedi do fazendeiro.

Procurei o tal navio indicado pelo mensageiro. Vários homens com camisas brancas e manchadas de óleo andavam por toda a parte. Alguns com caixas enormes e aparentemente pesadas, outros conversando e mais alguns levando instrumentos de pesca para suas casas. As plataformas de madeira ficavam logo na frente. Algumas crianças corriam e brincavam ao redor de um mastro. Uma delas, uma garota de cabelos negros e olhos extremamente verdes topou comigo. Seu vestido azul estava sujo de terra.

— D-Desculpe senhor, eu não quis... — seus olhos se encheram de lágrimas.

— Oh, não chore, minha pequena — me abaixei e acariciei sua cabeça . — Eu sei que não fez por mal. Vá brincar com seus amigos, aposto que eles adorariam te ouvir dizer que o senhor mercante te deu um presente.

Peguei um pedaço de pão de minha bolsa e ela sorriu. Observei a menina sair correndo para mostrar o presente aos amigos e continuei minha procura. Lá estava meu transporte, o imponente navio mercante Halixer. Alguns homens com casacos azuis por cima da camisa branca gritavam ordens para trabalhadores que manipulavam caixas com um forte cheiro de ervas para dentro do navio.

— Ah, que bom que você chegou — um homem alto e forte com cabelos ruivos me saudou. Seu casaco azul estava muito limpo e pelo porte parecia o capitão do navio. — Serei seu guia nesta viagem.  Vamos, meu navio ficará cheio com carregamentos de chá e ervas daqui a pouco. Meu nome é Mikaeliz.

— Qual o motivo de todas as caixas, se me permitir a ignorância? — sori levemente. O capitão deu uma risada alta e bateu em minhas costas.

— Ora, o povo de Vulcano adora esses produtos — ele explicou. — Se você quiser negociar com eles, precisa ter algo em troca, correto.

— Sim, claro — confirmei. Eles eram bem espertos. — Onde serão meus... aposentos?

— Junto da minha cabine, é claro — o rapaz me guiou até o navio. Subi a rampa de madeira com certa dificuldade, já que não era tão novo quanto meu guia. – Chegaremos em Vulcano em oito dias. Tempo suficiente para conservar nossas caixas, se os ventos forem favoráveis.

E de fato foram. A viagem parecia uma eternidade para mim, mas no bom sentido, já que era espetacular sair dos fundos do navio e observar as gaivotas, peixes e ilhas pequenas que passavam lentamente enquanto o percurso para o sul, onde Vulcano ficavam se for considerado o ponto de vista das terras de Vrakorj.

Muitos navios mercantes passaram por nós durante os oito dias no mar. Não me incomodei muito com os roncos estrondosos que ecoavam da cabine ao lado da minha onde dormia o capitão, muito menos com as festividades desnecessárias que só faziam nosso estoque de vinho e água baixarem de forma absurda todos os dias da rota até o ponto de comércio. Mas no final, tudo acabou bem. O grito do marinheiro que anunciava a aproximação de terras vulcânicas animou toda a tripulação.

— Finalmente me livrarei dessa sopa — brinquei com o cozinheiro do navio. O homem gordo de barba rala e cabelos curtos e castanhos riu e levantou as mãos em sinal de rendição.

Em um dos inúmeros portos que serpenteavam para fora da grande muralha da cidade, nosso navio foi ancorado e recebido por uma pequena comissão de mercadores. Me adiantei e arrumei minhas roupas para falar com os vulcanianos. Quando desci com cuido a rampa de madeira, notei que o grupo de recepção ia muito além de simples mercadores. Era um conjunto de arautos e uma figura bariguda e sorridente. Já ouvi falar daquele homem, era ninguém menos do que o líder de Vulcano, o general Augustus. As trombetas dos arautos soaram e o líder franziu a testa.

— Eis aqui  o líder da cidade mercadora de Vulcano, o grande e magnífico senhor Aug... — o mensageiro que estava do lado da autoridade maior do local começou, mas foi interrompido por um gesto de seu chefe.

— Não precisamos de tanta formalidade, Binks — ele deu um tapa nas costas do mensageiro magro que tossiu e voltou para sua pose altiva. — Ora, se não são os negociantes de Vrakorj, não é?

— Senhor — cumprimetei Augustus com um aperto de mão. — Estou aqui em nome de Azix Kijoena para estabelecer um acordo comercial com sua cidade. Temos aqui algumas mercadorias para oferecer em roca de algumas produções e de um bom contrato.

— Ah, sim — ele observou os trabalhadores do Halixer com as caixas nas costas. O general caminhou até um conjunto de mercadorias que já estava acumulada no chão de pedra do porto. Ele abriu um delas e arregalou os olhos. — Mas estas ervas são extremamente raras. O povo de Vrakorj deve ser muito privilegiado ao possuir esses exemplares.

— Sem dúvida, senhor — confirmei. — Esta é nossa humilde oferta, para começar uma aliança comecial com sua cidade.

— Claro, claro — ele voltou para o grupo de recepção. — Venha até minha casa, e tenho certeza que sairá satisfeito de nossas terras.

— Seria uma honra, general — me curvei e segui a comitiva. Foz um sinal para Mikaeliz esperar. Ele sorriu e se curvou.

Acompanhei o grupo de Augustus até o conjunto de casas dos homens mais ricos da cidade. Passar pelas ruas da parte pobre da população era impressionante. Mesmo com casas feitas de taipa ou barro, as pessoas sorriam e acenavam com uma sinceridade comovente. No meio do trajeto, enquanto as casas de pedra dos comerciantes ficavam para trás, percebi o motivo de Vulcano ser tão famosa pelo clima.

Tirei um lenço de minha camisa e limpei o suor da testa. As roupas dos moradores deveriam ser de um material bem leve, para suportar aquele calor. Meu conjunto de couro e tecidos pesados não ajudava muito minha situação. Um tempo depois da longa caminhada entre casas dos mais diversos tipos, chegamos até a parte dos comerciantes mais ricos.

Casas mais sofisticadas, pintadas de branco e com telhas vermelhas faziam parte do cenário urbano daquele pedaço da região. Um em particular, com janelas redondoas e grandes com vitrais representando cenas campestres chaomou minha atenção.

— Gostou dela, meu caro? — Augustus perguntou.

— Oh, é sua? — me espantei. — É incrível, de tirar o fôlego, devo dizer.

O anfitrião riu e caminhou comigo até lá. Assim que abriu a porta, o cheiro de chá e pão que acabara de sair do fornou penetrou em minhas narinas. Alguns integrantes do navio ficaram acanhados em particpar da reunião, mas com toda a boa vontade e simpatia do líder da cidade, a casa ficou cheia.

A mulher de Augustus serviu um verdadeiro banquete. Com carne de primeira qualidade, sucos refrescantes e deliciosos e sobremesas sensacionais. Comi pouco, já que meu objetivo não era aproveitar a fartura da mesa do general. Assim que todos estavam satisfeitos e circulavam pela casa rindo e conversando, percebi que essa era a melhor oportunidade para dar início aos negócios.

— Meu caro Augustus — me virei para o homem. — O que me diz do acordo? Podemos estabelecer os limites de nossa troca?

— Oh, sim — ele deu uma risda e limpou  rosto. — Hoje cedo alguns trabalhadores das minhas de ferro coletaram um excedente. Acho que, para começarmos a parceria, um carregamento de ferro seria bom, o que acha?

— Quanto desse carregamento o senhor pretende negociar? — comecei a usar a linguagem de meu ofício.

— Você é sagaz — ele sorriu. — Acho que, já que ervas e flores existem em abundância por aqui, talvez seja possível incrementar esse carregamento com uma quantidade considerável de pedra preciosas, o que acha?

— Justo — confirmei. — Nosso negócio será muito lucrativo meu caro, tenha certeza disso.

E conversamos sobre preços, caixas e quantidades de mercadorias durante um bom tempo. Antes do anoitecer, já estava tudo acertado. Parti com os trabalhadores e encontrei Mikaeliz flertando com algumas moças no porto.

— Vamos, meu amigo, hora de partir — dei um tapa em suas costas. — Boa noite, moças.

Pela cara do capitão, aquela foi uma péssima hora para uma interrupção, mas ele recuperou o humor e deu as ordens de retirada do navio. Partirmos segundos antes do sol afundar no horizonte. A visão era impressionante. Luzes vermelhas tingiam o céu e as nuvens nos mais diversos tons. Meus cabelos ficaram até um pouco parecidos com o de Mikaeliz enquanto navegávamos na direção de Vrakorj.

Fui até minha cabine e pensei nos negócios que acabara de fazer. Aquela ilha seria essencial para aumentar o comércio de nossa região. No final de tudo, eu sabia que tinha feito um excelente negócio.




Créditos do template a Operetta -- que é muito gata.
Azix Kijoena
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